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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Processing, Arduino e possibilidades

AAAAI SOCORRO A INTERFACE DO BLOGGER TÁ TODA DIFERENTE! Mas tá linda! Deixa eu só me achar aqui... hahaha

Vamos lá, mais um post todo trabalhado no design de interação!

A ideia desse post surgiu porque depois de ter aula sobre libraries em Processing, eu fiquei me revirando na cama pensando nas possibilidades desse negócio e custei a dormir. Vou começar do começo, porque não sei quem vai vir ler isso aqui!


Processing é um software irado que, através de programação, permite criar diversos tipos de “coisas gráficas”. E por que você quer fazer isso com código ao invés de desenhar no Illustrator ou no After Effects? Porque você pode criar interatividade com mouse, teclado e muito mais (veja mais pro fim do post). E o código não é muito hardcore. E dá pra exportar em java pra colocar dentro de websites, ou em .exe ou .app (mac) pra rodar em computadores alheios. Ok, muito bem.

Então eu estou cursando Creative Computing esse semestre, que ensina o básico do Processing. Estamos usando o livro Getting Started With Processing – recomendo! Então, até agora, fiz umas coisas básicas gráficas, mas nada de muito relevante interativamente...

Mas aí tivemos a aula sobre Libraries. As Libraries são extensões do Processing que te permitem ter mais funcionalidades. Eu tenho pensado nelas como se fossem dialetos colocados por cima dessa linguagem principal. Então, você pode instalar Libraries que ajudem em projetos relacionados a áudio, por exemplo. Existe uma Library chamada TouchOSC que você relaciona com um app pra smartphone (procure por TouchOSC no seu app market), e quando conectados na mesma rede e com os endereços de IP configurados, dá pra controlar o que acontece na tela através do celular, por meio da interface desse app que tem uns botões e sliders! Então dá pra fazer várias pessoas interagirem com um sketch de processing através de seus smartphones... Enfim, a lista é enorme e eu não tenho condições de fazer um post detalhando algumas porque realmente só passamos por esse assunto superficialmente, já que ele é mais complexo.

Porém... A parte que fez minha cabeça funcionar: existem libraries pro Processing que lidam com dados - da internet, por exemplo. Você pode mandar seu processing analisar dados obtidos na internet, por exemplo, uma busca textual no twitter, ou um blog, ou em vários blogs... E fazer “coisas gráficas” a partir daí. E então, eu fiquei pensando: tem TANTA coisa que dá pra fazer com Processing sabendo disso! Pode ser meio idiota eu estar tão impressionada com isso, mas de repente toda essa história de Data Visualization, Information Visualization deu um grande estalo pra mim.

Dá pra pegar o meu trabalho de Iniciação Científica e colocar no Processing! (Tadaaaan!!!) Esse foi o pensamento que abriu minha cabeça, porque naquela época eu achava muito abstrato e além da minha capacidade arrumar um jeito de toda aquela teoria e protótipos visuais serem funcionais. Eu achava que você teria que sempre ter o trabalho manual e cerebral de interpretar aqueles dados e colocá-los graficamente compreensíveis – fazer isso automaticamente parecia MUITO HIGH-TECH! Agora sinto que estou mais perto disso. Definitivamente meu trabalho final de Creative Computing vai ter a ver com Data Visualization. (Espero muito que o Monat esteja lendo esse post! :D)

Ok, dito isso, mais um fato: o Processing é irmão do Arduino. Então, você pode tanto pegar dados do Arduino (por exemplo, um sensor) e mandar desenhar alguma coisa no Processing. Ou... você pode pegar dados na internet através do Processing e mandar o Arduino fazer alguma coisa! (Evee, Priscilla e Denise já estão carecas de saber disso, né? :D) Então toda aquela história de computação ubíqua e prédios que mostram por fora com cores se estão lotados ou não e todas aquelas coisas maneiríssimas que a Denise mostrou no nosso workshop de Arduino parecem tão mais... tangíveis. Tô muito animada e curiosa e querendo aprender mais sobre isso.

E por sinal, descobri por acaso um escritório aqui em Nova York que trabalha com essas coisas. Se chama Breakfast. Olhem o site! :) Mandei um currículo pra tentar estagiar com eles no verão, mas não há vagas.(Post sobre estágio virá semana que vem, acho).

Resumindo toda a minha estupefação, acho que na verdade eu tenho que mudar a frase, ou a ênfase dela.
Não é “Com o Processing, dá pra fazer TODAS ESSAS COISAS COMPLEXAS.”. 
E sim, “DÁ PRA FAZER todas essas coisas complexas – COM O PROCESSING!”

E pra encerrar fiquem com um vídeo bem legal de um projeto de visualização de informação: