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sábado, 14 de abril de 2012

Palestra do Angelo Vermeulen

Eu queria no final do semestre ter um grande apanhado de coisas de design de interação pra mostrar pro pessoal da YDreams e pros professores e colegas da Esdi interessados nessa área, mas acho que tem muita coisa que já é "batida", né (tipo salinha interativa do Top of the Rock)... Mas, achei que no final ia ficar com textos gigantescos (já que eu tenho a tendência a escrever demais), e resolvi fazer posts separados, sem o compromisso de ter uma periodicidade certa, que vou taggear como "Design de Interação". Juro que só vou usar essa tag quando o conteúdo do post for sobre algo relevante, e não vou colocar no post o que comi no almoço ou algo parecido. Juro!!! XD

Então vamos lá...

Há algumas semanas atrás, na minha aula de Scrapyard Challenge, tivemos uma palestra de um artista chamado Angelo Vermeulen. A área de interesse dele é a junção da tecnologia com ecologia.



Um dos projetos dele é o Biomodd (que agora se tornou uma coisa colaborativa ao redor do mundo, open source). Existem concursos e comunidades de Casemod, que é a modificação de gabinetes de computador pra acomodar hardwares possantes, e daí as pessoas passam a criar coisas loucas por cima. Um dos maiores problemas que as pessoas que fazem esses Casemods é o superaquecimento da máquina, que precisa ter sistemas de cooler. No caso do Biomodd, é um computador conectado a um ecossistema, e o calor gerado pela máquina alimenta esse ecossistema. Bom, eu poderia falar mais, mas fica aqui o vídeo dele próprio explicando:



Ele agora está no processo de criação de um Biomodd colaborativo aqui em NY.

Outro projeto muito legal que ele mostrou foi o Blueshift. Basicamente é uma instalação interativa que envolve aquários com peixes que, por sua genética, “têm medo” de luz azul e são atraídos por luz amarela, com a qual o aquário é iluminado por cima no começo. No fundo do aquário, há peixes maiores que comem esses menores (separados por uma superfície que têm buracos grandes o suficiente apenas pros peixes pequenos passarem). Quando alguém se aproxima do aquário, a luz amarela é substituída por uma luz azul. Os peixes menores nadam pra baixo, mas são comidos pelos peixes maiores. Mas, a parte interessante: esses peixes menores têm um ciclo de vida muito rápido, então os peixes com “menos medo” da luz azul sobrevivem. E se reproduzem. E geram filhotes com DNAs mais resistentes à luz azul. Então, resumindo, é uma instalação em que a ação/presença humana produz como output não uma coisa gráfica, nem apenas física, mas uma MUDANÇA GENÉTICA em uma amostra de uma espécie (que pode ser verificada na permanência da instalação). #mindblown #alguémmostraprodarwinporfavor

Bom, por hoje é só! Espero voltar em breve com mais coisas legais, e no fim do semestre pretendo fazer um post com links pros trabalhos legais que tenho feito por aqui. :)